O MUNDO DERRETENDO E O IBOVESPA BOMBANDO, O QUE APRENDI COM A CRISE DE 2020

– – – – – Abra a sua conta na Rico: https://lp.rico.com.vc/lp/cadastre-se-primo-rico

IBOVESPA VOLTOU A FICAR POSITIVO NO ANO!

1) Como o ibovespa se comportou ao longo do ano

– No dia 30 de Dezembro de 2019, o Ibovespa fechou o ano com 115.645 mil pontos. Ele ficou circulando por esse número até fevereiro desse ano, quando o efeito COVID começou a impactar o mercado.
– Do dia 30 de dezembro de 2019 até o dia 23 de março, dia da mínima histórica do ano, o Ibovespa já havia caído cerca de 45%. Foi a queda mais rápida já registrada na história do índice.
Porém, após o dia 23 de março, o Ibovespa começou, aos poucos, a se recuperar: ele saiu de 63 mil pontos até, agora em dezembro, finalmente voltar aos 115 mil pontos. Essa alta deu um crescimento de 81,1% no período.
Perceba: a queda foi de 45%, e pra zerar essa queda foram necessários não uma alta de 45%, mas uma alta de 81%.

2) E quais foram as ações que mais subiram no ano?

Para a Tabela acima, filtramos o volume médio no ano para ter valor igual ou maior a 5 milhões. Liquidez menor do que essa foram excluídas.

3) Ensinamentos desse ano

a. Diversificação
– Ter uma carteira diversificada se demonstrou muito importante nesse ano. Até pouco tempo atrás era comum ouvirmos falar de carteiras “100% em bolsa”, mas esse ano foi uma prova que esse estilo de investimento pode te fazer sofrer muito em momentos de grande stress.
– No nosso caso, a ARCA conseguiu efeitos muito positivos: apesar do quadrante de ações brasileiras e fundos imobiliários ter tido impactos negativos com a crise, o rebalanceamento possibilitado pelo quadrante de caixa e o upside das ações internacionais devido à alta do dólar fez a carteira ficar positiva no ano ainda em junho, 6 meses antes do ibovespa finalmente ficar no zero a zero.

b. Taxa Baixa de Juros
– A taxa baixa de juros tem um papel muito importante para a retomada do mercado financeiro como um todo.
– Porém, existe um efeito óbvio e um efeito não óbvio aqui.
– Efeito Óbvio: com a taxa baixa de juros, mais pessoas acabam sendo incentivadas a ter hábitos maiores de consumo. Com a taxa Selic baixa, a tendência é que muitas outras taxas relacionadas a consumo também caiam, como por exemplo as taxas de financiamentos imobiliários e até mesmo as taxas de financiamento de carros.
– Com isso, o consumo é ativado e a economia acaba podendo retomar.
– Efeito Não Óbvio: a queda da taxa de juros também faz com que os preços no mercado financeiro subam.
– Isso acontece porque a taxa Selic impacta exatamente no que a gente chama de taxa livre de risco. A taxa livre de risco acaba sendo um guia para os investidores, já que ela indica exatamente qual o nosso retorno mínimo que podemos obter sem risco algum.
– Se a taxa livre de risco, por exemplo, é 5%, isso significa que, pra investirmos pensando em ter risco (por exemplo, na bolsa), temos que exigir um valor que seja no mínimo maior que 5%, pois conseguimos obter 5% sem risco.
– Por conta dessa relação, o mercado acaba funcionando segundo o gráfico abaixo (gráfico tirado de um Memo do Howard Marks):

c. Não seguir a Manada
– Quando o Ibovespa começou a cair, muitas pessoas, até mesmo aquelas que se diziam buy and hold, acabaram vendendo por conta do medo. Quando a bolsa estava na mínima, essas mesmas pessoas estavam receosas e acabaram virando profetas do apocalipse dizendo que ia esperar porque poderia cair mais.
– Linkar com os vídeos que fizemos no Youtube que acertamos o timing
– Qual é o ponto: as grandes crises vão testar a força dos seus fundamentos e vão testar também suas emoções, tanto o medo quanto a ganância. Tenha consciência disso e se segure com firmeza na sua metodologia, para quando chegar a hora, você não se complicar. Linkar com a sua reflexão sobre ganância.

d. Fundo de Emergência
– Apesar de dizermos que o fundo de emergência pode ser de 6 a 12 meses, eliminamos os 6 meses da teoria. O COVID mostrou que é muito importante, independentemente da sua profissão, que você possa ter pelo menos 1 ano garantido pelo fundo de emergência.

4) Cuidados pro que vem por aí

a. Recuperação em V: praticamente, até o momento, tivemos uma recuperação em V. Apesar da vacina parecer estar próxima, temos que tomar cuidado com o descolamento do mercado financeiro com a vida real.
Ponto interessante do Howard Marks: apesar do mercado financeiro mal ter sido impactado, a economia real foi e está sendo muito impactada. No caso brasileiro, o IGP-M disparou muito, a taxa de desemprego subiu pra 14,6% e muito dos empregos dessas pessoas desempregadas talvez nunca voltem, já que a pandemia fez com que vários tipos de serviços se tornassem automatizados ou 100% digitalizados, ou ainda que simplesmente fechassem as portas.
Ou seja: a recuperação que já aconteceu na bolsa pode demorar bem mais pra acontecer na economia real.

Deixe um comentário